terça-feira, 14 de outubro de 2008

CÉU, CÉU, CÉU de Bruno Carvalho, meu filho de 19 anos quando tinha 5 anos




Céu, céu, céu


Sempre o mesmo em todos os lugares


Nunca o mesmo em lugar nenhum




domingo, 14 de setembro de 2008

É UM E/OU O OUTRO:

Ou a lua está cada vez mais cheia,
Ou nós estamos cada vez mais loucos ! ! !

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SAMBA DO MORERÉ

Moreré, o esconderijo da felicidade, enseada da ilha de Boipeba, tem uma linhagem (quase) extinta de trovadores populares. No final do milênio passado, ainda assisti pessoalmente a disputas fantásticas, calorosas, cheias de mandingas nas idéias disparadas pelas mentes daqueles pescadores e marisqueiros liderados nesta arte por Leoné. Leoné já estava velhinho, lá pelos idos de 1994, mas sempre saia com uma tirada que deixava o adversário sem resposta. Nunca mais tive notícias dele, sei que adoentou-se, espero que esteja feliz. Pois ouvir Leoné e conversar com ele me fizeram muito feliz naqueles momentos e até hoje quando lembro e não consigo prender o riso. E, ainda por cima, consegui gravar uma fita cassete com ele mesmo cantando os versos abaixo e mais alguns outros da autoria dele. Ficam então registradas na blogosfera estas letras cheias de espírito brasileiro, com cheiro daquele pedaço paradisíaco de mundo.


Para o universo da capoeira, informo que esta trova já foi muito cantada em rodas antigas, espero que continuem a ser ouvidas por aí. Quem quiser saber a melodia, entre em contato.



Samba do Moreré


Autor: Leoné do Moreré

Ê Mulher
É Samba do Moreré
Ê Mulher
É Samba do Moreré

Lençol de Pano,
Ê meu colchão de qualidade!
Travesseiro de suspiro,
Lenço que mata a saudade.

Ê Mulher
É Samba do Moreré
Ê Mulher
É Samba do Moreré

Maria Eulália,
Quem te deu esta medalha?
Ô, Maria Eulália,
Quem te deu esta medalha?
Ai, ai...

Ê Mulher
É Samba do Moreré
Ê Mulher
É Samba do Moreré

sábado, 28 de junho de 2008

A LU





Lua lá

Nua na

Noite que é

Tua, tá?

terça-feira, 15 de abril de 2008

SUBSTANTIVO - Nilson Pedro

A memória carne meus dedos,
o silêncio nuvem meus olhos,
o martelo folha meu couro,
e poeira meus lábios, e parede
meus pés, e cascalho com um gosto
de quem músculo, e líquido.
E eu caderno meu sangue.


Nilson Pedro é um poeta baiano, amigo e o poema acima é um verdadeiro achado. Visite o blog dele: Blag

sexta-feira, 14 de março de 2008

gudazelha






upijió
surocumbete
oreza


viroficate
trape
alistiépan
zufe


inosperáton
glaufes
cazuoflinas
bligstepanus
achamper


disparistefanos
suguasbrelhas
manospiostem
farunoantes


gudazelha

domingo, 20 de janeiro de 2008

Ação de Graças do Poeta - Bastos Tigre





















Graças a vós Senhor, pela ventura


De poder isolar-me na Poesia,


Ter nela o alívio à provação mais dura,


E, no Sonho, o meu pão de cada dia.



Sentir albor de luar na noite escura,


Achar descanso e paz na nostalgia


E ver, até no pranto da amargura,


Um consolo vizinho da alegria.






Graças a vós por este dom divino


Que me defende do destino adverso,


Tornando-me senhor do meu destino.






E se em mim próprio, ruge o mal perverso,


Puro, alegre, feliz, o mal domino


E alo-me ao Céu nas asas do meu verso.